A demência vascular é uma condição muito comum que causa perda de memória em idosos, em especial aqueles que tem maior risco de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) devido a obesidade, hipertensão e diabetes.

Essa denominação da doença se dá pelo fato de o termo ser usado para designar todo tipo de demência associado a problemas de circulação de sangue para o cérebro, por isso, o fator de risco das doenças crônicas acima mencionada.

A demência vascular ocorre após vários episódios de infartos/derrames que ocorrem no cérebro durante a vida do paciente. Durante esses eventos, ocorrem pequenas isquemias – quando falta oxigênio ao tecido cerebral, e vão se somando ao declínio cognitivo do paciente, que acaba desenvolvendo a demência.

Nos estágios iniciais, a demência cerebral começa com a dificuldade cognitiva de raciocínio e julgamento. Com a evolução do quadro, a memória do paciente nessa condição começa a ser afetada e aí os danos podem ser maiores.

Também podem ser sinais da demência vascular sintomas como disfagia, distúrbios de marcha, desequilíbrios ou quedas, urgência urinária, lentidão psicomotora, doenças como depressão e ansiedade.

Podemos classificar a demência vascular em três tipos: a demência vascular de início agudo, quando desenvolve-se rápido após incidentes de AVC; demência por infartos múltiplos, geralmente de evolução gradual após episódios isquêmicos ao longo da vida do paciente e, por último, a demência vascular sucortial, que ocorre no contexto de antecedentes de hipertensão arterial e focos de destruição isquêmica na substância branca profunda dos hemisférios cerebrais.

Tratamento

O diagnóstico é feito através de exames clínicos, também podem ser solicitados exames de neuroimagem e aplicação de escalas específicas como a escala da Hachinski e a escala de Rose.

O tratamento inclui o acompanhamento do paciente e medicação para controlar os fatores de risco e evitar acometimento por novos episódios de AVC e isquemia. Também se emprega medicamentos para tentar estabilizar o processo de deterioração cognitiva do paciente.