O que é, causas, diagnóstico e tratamento da doença que atualmente é realidade na vida de aproximadamente 200 mil brasileiros.

Gabriel Leandro

Doença de Parkinson

Mês da Coneciência da Doença de Parkinson.

Existente no mundo a mais de 200 anos, a doença Parkinson é um distúrbio do sistema nervoso que chega a afetar os movimentos do paciente, causando em grande parte dos casos tremores. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas convivem com o Parkinson no Brasil, sendo na maioria dos casos homens e pessoas acima de 50 anos.

O Parkinson é uma doença considerada multifatorial, sendo assim, diversos fatores podem levar ao seu desenvolvimento. Uma das principais causas é a diminuição de produção da dopamina, uma substância química que auxilia na transmissão de mensagens entre as células nervosas. O consumo de café e uso de medicamentos como anti-inflamatórios, são algumas das medidas utilizadas para prevenção da doença.

 

A pessoa diagnosticada com Parkinson, desenvolve desde sintomas leves, até alguns considerados mais graves. De acordo com o site oficial do Hospital Israelita Albert Einstein, dentre os principais sintomas estão a lentidão motora, rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, coxa, tornozelo e tremores nos membros superiores, geralmente predominantes apenas em um lado do corpo. Esses indícios são chamados geralmente de sintomas motores, mas também o paciente pode desenvolver sintomas não motores, como por exemplo diminuição de olfato, alterações intestinais etc.

 

Em entrevista dada ao ID Universitário, o médico neurologista Luis Felipe Berchielli, relatou com maiores detalhes os estágios da doença. “A doença de Parkinson é dividida em 6 estágios: os estágios 1 e 2, são pré-clínicos, ou seja, o paciente ainda não manifestou os sintomas da doença de Parkinson, porém ela já está instalada. Nos estágios 3 e 4, há o aparecimento dos sintomas motores como tremor de repouso, rigidez, lentidão dos movimentos e instabilidade postural. E por fim, nos estágios 5 e 6, são os mais avançados, no qual o paciente já tem a doença disseminada por todo cérebro, e leva também ao acometimento da questão cognitiva, causando demência”, argumenta o doutor.

A doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva, sendo assim, não possui cura cientificamente comprovada. Porém, o paciente diagnosticado pode recorrer ao médico neurologista que é especialista para cuidados relacionados ao Parkinson. O doutor Berchielli também relata a diversidade de tratamentos que podem ser receitados ao paciente de acordo com a gravidade na qual a doença se desenvolve. “Temos uma gama de medicamentos, terapias e cirurgias que podem aliviar muito os efeitos da doença no paciente acometido”, afirma o especialista.

 

No dia 11 de abril é considerado o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, a data busca informar sobre a importância da inclusão dos que foram diagnosticados, além de alertar a respeito das dificuldades causadas pela doença. Dentro do tema, diversas secretarias municipais buscam realizar rodas de conversa com pacientes e familiares buscando entender melhor o dia a dia da pessoa afetada pelo Parkinson, além de atividades para melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

 

 

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